Higienização correta dos alimentos

Bom, antes de falar sobre o procedimento correto para higienizarmos um alimento vamos falar sobre os riscos que a falta de higienização ou a higienização inadequada traz para a nossa saúde.

Os alimentos in natura (frutas, verduras e legumes) devido ao seu processo de plantio, cultivo e armazenamento podem vir contaminados por micróbios, parasitas, e substâncias tóxicas.

A falta de higienização, ou a higienização inadequada, a manipulação e o preparo destes alimentos feitos de forma inadequada, pode nos expor a estes contaminantes e levar ao desenvolvimentos de DTAs (Doenças transmitidas por alimentos) que têm como principais sintomas: diarréia, vômito, cólica, náusea e febre.

Estas doenças (DTAs) quando acometem adultos sadios costumam durar poucos dias, mas em populações mais vulneráveis como é caso de crianças, grávidas, idosos, e pessoas doentes, os sintomas podem ser mais graves podendo levar à morte.

Agora que sabemos os riscos que corremos com a ingestão de um alimento que não foi higienizado, ou foi higienizado inadequadamente, vamos conhecer o passo a passo para a correta higienização dos alimentos:

1º passo: Lavar bem as mãos e o local onde serão colocados os alimentos durante e após a higienização.
2º passo: Retirar as folhas, partes e unidades deterioradas.
3º passo: Lavar as folhas, ou frutas uma a uma em água potável, passando as mãos sobre elas delicadamente para retirar todas as sujidades. 
3º passo: Colocar as folhas e as frutas com casca de molho em uma solução clorada entre 100-250 ppm  (ver abaixo a forma de preparo desta solução) durante 15 minutos.
4º passo: Enxaguar em água potável.
Se não for consumir estes alimentos no momento, deixe escorrer e seque bem  com o auxílio do papel toalha, em seguida coloque-os em um saco plástico próprio para alimentos e refrigere.
Forma de preparo da solução clorada entre 100- 250 ppm:
  • Hipoclorito de sódio a 1%: utilizar 2 colheres de sopa rasa (20 ml) para 1 litro de água.
  • Água sanitária para uso geral a 2 ou 2,5%: utilizar uma colher de sopa rasa (10 ml) para 1 litro de água.
Hoje existe nos mercados produtos específicos para desinfecção de hortifrutícola, se você for utilizá-los siga as recomendações do rótulo quanto a dosagem que deve ser utilizada por litro de água.
Atenção: Se for utilizar a água sanitária, verifique no rótulo do produto se este está autorizado para uso em alimentos!!!!!


Referências:

ANVISA. Agência de Nacional de Vigilância Sanitária. Cartilha sobre boas práticas para serviços de alimentação. Resolução - RDC nº 216/2004.

ABERC. Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas. Manual ABERC de Práticas de Elaboração e Serviço de Refeições para Coletividades. 9º edição, 2009. 

Verão, estação dos sucos



Verão, calor e hidratação, o que estas palavras têm em comum?

No verão devido a alta temperatura ambiente a nossa perda de líquidos corporais é maior, este liquído quando não reposto em quantidade ideal leva a pessoa ao estado de desidratação que em casos severos pode levar a morte.

A ingestão de líquidos (água, chás, e sucos) e a alimentação adequada são a chave para resolver este problema.

Para aquelas pessoas que não são adeptas a água, o suco (natural) é uma boa opção, pois além de hidratar ele traz em sua composição substâncias chamadas antioxidantes que protegem o nosso organismo dos danos causados pelos radicais livres.

O suco (natural) também é uma boa alternativa para aquelas pessoas que apresentam baixa ingestão de hortaliças e frutas, porque em um só copo você pode atingir as recomendações de ingestão destes alimentos por refeição.

Por exemplo, se você fizer um suco com um fatia grande de abacaxi e uma folha média de couve para tomar após o almoço estará ingerindo 1 porção de fruta, e 1 porção de verdura, das 3 porções mínimas recomendadas para uma alimentação saudável, faltando apenas o legume que você pode ingerir junto com a refeição (carboidrato + leguminosa + carne magra + legume).

Você pode também misturar a fruta com o legume, e ingerir a verdura junto com a refeição (carboidrato + leguminosa + carne magra + verdura), por exemplo utilize uma laranja e uma cenoura pequena para fazer o seu suco, fica super saboroso e a sua porção de fruta, e legume da refeição estará garantida.

Só que atenção!!, para que estes sucos fiquem realmente nutritivos eles não devem ser coados, nem adoçados, e o seu consumo deve ser imediato.
Outras receitas de sucos podem ser visualizadas no ícone "Receitas".
Aproveitem a dica e um ótimo verão para vocês!!!!!


Referência:

OH, M.S; URIBARRI, J. Eletrólitos, água e equilíbrio ácido-básico. In: SHILS, M.E et al. Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. Barueri, SP: Manole. 10º edição. Capítulo 8, 2009.

BIANCHI, M.L.P; ANTUNES, L.M.G. Radicais livres e os principais antioxidantes da dieta. Rev. Nutr, Campinas. v.12, n.2, p.123-130, 1999.

Acidente Vascular Cerebral (AVC), como prevenir?

O acidente vascular cerebral (AVC)  ou derrame cerebral é causado por uma lesão em uma parte do cérebro resultante da perda de suprimento sanguíneo devido a um espasmo, coágulo ou ruptura de vaso sanguíneo.
 
É um quadro grave que deve ser avaliado por um médico o mais rápido possível.
 
Dentre os principais fatores de risco para os AVCs estão a hipertensão arterial, a diabetes, os altos níveis de colesterol e triglicérides sanguíneos, o tabagismo, o sedentarismo e as doenças cardíacas.
 
Alguns sinais são indicativos de AVC (quadro acima) e devem ser conhecidos para que se possa acionar a emergência rapidamente.
 
Em relação à nutrição, alguns hábitos podem diminuir os riscos de um AVC como:
 
  • Consumir frutas e hortaliças diariamente;
  • Consumir peixes pelo menos uma vez por semana;
  • Incluir alimentos integrais nas refeições;
  • Evitar consumir frituras e gorduras;
  • Consumir leite ou derivados desnatado; e
  • Não exagerar no consumo de sal.

Lembre-se a prevenção é sempre o melhor remédio!!!!


Referência bibliográfica:

ESCOTT - STUMP, S. Nutrição relacionada ao diagnóstico e tratamento. 5º edição. Barueri, SP: Manole, 2007. p.236-38. 
 

Cuidados nutricionais para o portador de diabetes

A diabetes mellitus (DM) é um grupo de doenças metabólicas que apresenta em comum a hiperglicemia proveniente de defeitos na secreção e/ou na ação da insulina. É classificada de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e Associação Americana de Diabetes (ADA) em: DM tipo I, DM tipo II, outros tipos específicos de diabetes e diabetes gestacional. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (2009), em 2008 a diabetes mellitus atingiu 173 milhões de pessoas no mundo com projeção de chegar a 300 milhões em 2030.

A nutrição associada a mudanças no estilo de vida (principalmente inclusão da atividade física) desempenha papel fundamental na prevenção do desenvolvimento do DM, bem como no controle da doença já existente e na prevenção das complicações decorrentes desta doença se não tratada.

O atendimento nutricional tem como foco a individualidade de cada paciente (fase da vida, diagnóstico nutricional, uso de fármacos, hábitos alimentares e socioculturais, etc..) porém algumas orientações são comuns aos pacientes:

Evite:
  • Gordura saturada (pele de aves, carnes gordas bovina e suína, leite de coco, creme de leite, bacon, manteiga, toucinho, leite integral, azeite de dendê...);
  • Açúcares (mel, melado, rapadura, gelatinas (exceto diet), geléias, doces de corte, frutas cristalizadas...);
  • Refrigerantes, sucos prontos e artificiais;
  • Pão doce, biscoito recheado, chocolate;
  • Cereais refinados (arroz branco, pão, biscoito, bolos e preparações feitas com farinha de trigo refinada);
  • Frituras;
  • Bebidas alcoólicas;
  • Adoçantes a base de frutose, sorbitol e manitol.
Prefira:
  • Alimentos integrais e ricos em fibras (pão, arroz e biscoitos integrais, inhame, aipim, leguminosas);
  • Leite / iogurte / coalhada desnatados, queijo minas, ricota, cottage;
  • Azeite de oliva extra virgem, óleo de canola, margarina com até 40% de lipídios;
  • Peixes como: sardinha, atum, salmão e cavala alternados com peitp de frango e carne bovina magra, como coxão duro e patinho.
Recomendações gerais:
  • Os insulino-dependentes devem ter o seu horário das refeições e a quantidade de alimentos consumidos, ajustados ao seu esquema de insulina;
  • Associar na mesma refeição alimentos com baixo, intermediário e alto índice glicêmico;
  • Substituir o açúcar de mesa por adoçante, inclusive em preparações culinárias;
  • Ler sempre o rótulo dos produtos dietéticos para conhecer os ingredientes e não exagerar no consumo, porque embora não contenha açúcar, estes produtos geralmente contêm muita gordura, o que colabora para o ganho de peso;
  • Em caso de hipoglicemia ingerir 15 g de carboidrato, o que equivale a: 1/2 xícara de suco de laranja, uva ou maçã; ou 1 copo de leite desnatado; ou 3 biscoitos tipo cream crackers; ou 1 colher de sopa de mel ou açúcar.
 
ATENÇÃO: Procure um nutricionista para que ele elabore o seu plano alimentar de acordo com a sua necessidade. As orientações acima são apenas de caráter informativo, ou seja, não substituem uma consulta nutricional.

Referências bibliográficas:

CUPPARI, L (cordenação). Guia de Nutrição: nutrição clínica no adulto. 2º edição. Barueri, SP: Manole, 2005.

ESCOTT - STUMP, S. Nutrição relacionada ao diagnóstico e tratamento. 5º edição. Barueri, SP: Manole, 2007. p.236-38.

LEÃO, L.S.C.S; GOMES, M.C.R. Manual de Nutrição Clínica Para atendimento Ambulatorial do Adulto. 10º edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. 2009.