Sódio: quanto devemos consumir?

O sódio é um elemento químico presente no sal de cozinha (cloreto de sódio) e naturalmente encontrado em diversos alimentos.
 
Seu consumo é essencial para o equilibrio ácido-básico, transmissão de impulso nervoso, contração muscular, regulação do fluído corporal, e regulação do ritimo cardíaco.

Embora seja essencial para a nossa saúde, o consumo excessivo deste eletrólito pode aumentar o risco de algumas doenças, como: hipertensão arterial sistêmica, acidente vascular cerebral, câncer de estômago, dentre outras.
 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde o consumo de sódio diário não deve ultrapassar 2 gramas (equivalente a 5 gramas de sal = 2 colheres de café cheias e 1 colher de café rasa). Atletas e crianças não se enquadram nesta recomendação.
 
Para não ultrapassar esta recomendação de consumo, devemos nos atentar na quantidade de sódio presente nos alimentos que consumimos, principalmente os industrializados.
 
Abaixo listo alguns alimentos que são considerados ricos em sódio.
 

 
Vocês imaginavam que um pacotinho de tempero pronto tinha esta quantidade de sódio? e o macarrão instantâneo?
 
Por isso, dê preferência sempre aos alimentos naturais, que contém um teor menor de sódio e carregam com eles outros nutrientes importantes para a saúde.
 
Mas, se for consumir um alimento industrializado compare os rótulos, e dê preferência por aquele que apresentar um menor teor de sódio.
 

Obs:. As informações nutricionais foram retiradas do rótulo dos alimentos e representam algumas marcas, portanto pode haver variação na quantidade de sódio demonstrado de acordo com a marca do produto.
 
 
 
 
 

Dicas nutricionais para hipertensos

Nesta postagem irei dar algumas dicas nutricionais para aquelas pessoas que tem Hipertensão Arterial Sistêmica - a famosa "pressão alta".
 
Mas antes gostaria de definir rapidamente o que é Hipertensão Arterial Sistêmica.
 
De acordo com a VI Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial, a Hipertensão Arterial Sistêmica é uma doença multifatorial que tem como característica níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA), em valores isto significa: pressão sistólica igual ou superior a 140mmHg ou a pressão diastólica igual ou superior a 90mmHg, ou ambas.
 
Esta doença deve ser tratada assim que descoberta, pois pode desencadear o desenvolvimento de outras doenças, tais como: insuficiência cardíaca congestiva, falência renal e doença vascular períférica.
 
O tratamento da hipertensão arterial envolve duas abordagens: a farmacológica, com uso de drogas anti - hipertensivas (são prescritas apenas pelo médico), e a não farmacológica, que envolve mudanças de estilo de vida que favoreçam a redução da pressão arterial.
 
O tratamento nutricional se enquadra na 2º abordagem, que envolve também a prática de atividade física (prescrita apenas por profissionais capacitados), e o abandono do tabagismo.
 
Agora que já está definido o que significa esta doença e o que ocorre se não for tratatada precocemente, vamos as dicas:
  • Mantenha-se no peso adequado;
  • Aumente o consumo de frutas e vegetais;
  • Utilize queijo, iogurte e coalhada desnatados, e consuma queijo branco;
  • Prefira margarina ou creme vegetal à manteiga, lembrando-se que estes devem ser sem sal;
  • Prefira tempero naturais e alimentos frescos;
  • Nas preparações utilize óleos vegetais (soja, arroz, milho, algodão, canola, girassol ou oliva), porém em pequenas quantidades;
  • Leia sempre o rótulo dos alimentos industrializados e opte por aquele com menor teor de sódio ou cloreto de sódio;
  • Consuma no máximo 2 gramas de sódio por dia (isto é equivalente a 2 pacotinhos daqueles servidos em restaurantes por dia), incluindo o de adição e o utilizado no preparo dos alimentos;
  • Consuma alimentos ricos em potássio e magnésio, como: inhame, feijão preto, lentilha, abóbora, cenoura, chicória, couve-flor, vagem, espinafre, nabo, rabanete, abacate, banana, ameixa, laranja, mamão, maracujá, couve, salsa, pão integral, nozes e amêndoas.
Evite:
  • Carnes gordas (picanha, fraldinha, acém, capa de filé, filé de costela, contrafilé, ponta da agulha, braço, pá ou paleta, aba de filé e pescoço, frango com pele, miúdos do frango) e frituras;
  • Enlatados e conservas;
  • Embutidos: linguiça, mortadela, salame, calabresa....;
  • Carnes salgadas e/ou defumadas: carne-seca, bacalhau, toucinho, bacon....;
  • Temperos prontos, sopas desidratadas, macarrão instantâneo;
  • Molhos industrializados: maionese, catchup, mostarda e outros condimentos com adição de sal, como molho shoyo, molho inglês, molhos prontos para salada;
  • Adoçantes a base de sacarina sódica e ciclamato de sódio.
Use com moderação:
  • Bebidas à base de cafeína.
Não se esqueçam, as informações aqui contidas não substituem uma consulta nutricional!!!!!!!

Referência bibliográfica
 
COSTA, R.P; SILVA, C.C. Doenças Cardiovasculares. In: CUPPARI, L. Guia de Nutrição: nutrição clínica no adulto. 2.ed. Baruer, SP: Manole, 2005. p.299-304.
 
ESCOTT-STUMP,S. Nutrição Relacionada ao Diagnóstico e Tratamento. 5º ed. Barueri, SP: Manole, 2007. p.249-251.
 
LEÃO, L.S.C.S; GOMES, M.C.R. Manual de Nutrição Clínica para Atendimento Ambulatorial do Adulto. 10.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. p.141-42.
 
Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51.
 
 
 


     

Saiba a quantidade de açúcar embutida em alguns alimentos

Você sabia que o açúcar refinado não tem nenhum nutriente? E que o consumo elevado deste tipo de alimento, além de contribuir para o aumento de peso traz outros prejuízos a nossa saúde, como cáries, doenças cardiovasculares, diabetes, dentre outras?
 
 
Pensando nisto listei alguns alimentos aparentemente inofensivos quando falamos de excesso de açúcar, para que você possa comparar e melhorar as suas escolhas alimentares.

 
Note que alguns alimentos que estão listados acima são recomendados para que se tenha uma alimentação saudável (iogurte, cereal matinal, barra de cereal), porém quando queremos reduzir a quantidade de açúcar ingerida no dia devemos optar por exemplo, pela barra de cereal sem chocolate, pelo iogurte de frutas desnatado e pelo cereal matinal sem açúcar.
 
Outra informação importante é o quanto podemos consumir de açúcar por dia para que não seja considerado excesso.
 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde o consumo diário de açúcar não deve ultrapassar 10% do valor calórico total consumido, ou seja, uma pessoa que consome 2000 Kcal ao dia deve consumir no máximo 200 Kcal provenientes do açúcar.

Bom, considerando que uma colher de chá cheia tem 20 Kcal esta pessoa poderia consumir até 10 colheres de chá de açúcar ao dia. Utilizando os alimentos relacionados acima, se ela comer 1 fatia pequena de bolo industrializado ela já estará ingerindo 7 colheres de chá de açúcar, e se consumir o bolo junto com o suco industrializado ela ultrapassará a quantidade máxima de consumo diário.

Para diminuir este consumo de açúcar sugiro a substituição dos industrializados pelos naturais, ou por aqueles com um teor menor de açúcar, diminuindo assim o risco do desenvolvimento dessas doenças e melhorando nosso hábito alimentar.


Obs:. As informações nutricionais foram retiradas do rótulo dos alimentos e representam algumas marcas, portanto pode haver variação na quantidade de açúcar demonstrado de acordo com a marca do produto.
 
 


Alimentação vegetariana, benefícios e cuidados.


O número de pessoas que estão se tornando vegetarianas vem aumentando no Brasil. De acordo com pesquisa realizada pelo IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) entre 08/2009 e 07/2010, 9% da população brasileira se declarou vegetariana.
Mas o que é uma dieta vegetariana? Quais os benefícios e os cuidados que devemos ter se desejarmos nos tornar vegetarianos?
Dieta vegetariana é aquela que tem como base: cereais, frutas, vegetais, legumes, sementes e oleaginosas. Dentro da dieta vegetariana existem subgrupos que se diferem de acordo com o que consomem, são eles:

·     Ovolactovegetarianos: incluem na sua alimentação ovos, leites e derivados.

·     Lactovegetarianos: incluem na sua alimentação apenas leite e derivados.

·     Ovovegetarianos: incluem na sua alimentação os ovos.

·     Vegetariano estrito: excluem todos os alimentos de origem animal.

·     Vegano: é o vegetariano estrito, que além da alimentação recusa o uso de produtos que utilize componentes animais (vestimentas de couro, lã, e seda), ou seja, testados em animais. 
O maior consumo de alimentos vegetais (hortaliças, legumes e frutas), de gorduras boas (poliinsaturadas), de fibras, e o menor consumo de gorduras saturadas, faz com que esta população apresente níveis mais elevados de diversos antioxidantes, e menor nível de colesterol sérico (sendo menor nos vegetarianos estritos em comparação aos outros subgrupos), o que pode explicar em parte o menor risco de doenças cardiovasculares nesta população.
 

Além da parte alimentar, estudos revelam que os vegetarianos apresentam uma maior preocupação com a saúde (fumam menos e apresentam menor Índice de Massa Corporal), estes dois fatores (alimentação e melhor qualidade de vida) refletem na menor prevalência de hipertensão arterial sistêmica, de alguns tipos de câncer, e de diabetes tipo II também verificados nesta população.

Não tenho como negar que este tipo de alimentação traz inúmeros benefícios, porém se a dieta não for bem planejada problemas também podem ocorrer.
Por exemplo, em dietas vegetarianas estritas há deficiência de vitamina B12, e esta vitamina é importante para a função neurológica. Outro nutriente que deve ser verificado é o ω3 que atua, quando convertido em DHA (ácido docosahexanóico) e EPA (ácido eicosapentanóico) na prevenção de doenças crônicas.
O zinco e o cálcio também merecem atenção. O zinco é encontrado principalmente nas carnes e é um componente essencial para atividade enzimática (componente essencial para a atividade de mais de 300 enzimas), estrutural (regulação da expressão gênica, dentre outros), e reguladora (síntese proteica, divisão celular, ação da insulina e hormônios da tireoide, testículos, dentre outros).
O zinco pode ser encontrado também em algumas oleaginonas, grãos integrais, cereais, e feijões, porém devido ao ácido fítico presente nestes alimentos a sua biodisponibilidade (quantidade que o organismo consegue utilizar do nutriente) é reduzida.
O cálcio tem como principal fonte os leites e derivados, mas também pode ser encontrado em vegetais, oleaginosas, e feijões. Este nutriente tem a sua biodisponibilidade reduzida na presença de ácido oxálico, portanto, alimentos ricos nesta substância devem ser evitados (espinafre, acelga, folhas de beterraba, e cacau) em refeições ricas em cálcio.
Então, se você é ou deseja se tornar um vegetariano procure um especialista, pois só ele é capaz de fazer as combinações e adequações necessárias para que não ocorra nenhuma deficiência nutricional.

Referências bibliográficas:
DAVEY, G.K et al. EPIC–Oxford: lifestyle characteristics and nutrient intakes in a cohort of 33 883 meat-eaters and 31 546 non meat-eaters in the UK. Public Health Nutrition. v.6, n.3, p. 259–268

JOHNSTON, P.K; SABATÉ, J. Implicações nutricionais das dietas vegetarianas. In: SHILS, M.E et al. Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. 10º edição. Barueri: São Paulo, 2009. p. 1759-76.
YUYAMA, L.K.O et al. Zinco. In: COZZOLINO, S.M.F. Biodisponibilidade de Nutrientes. 2º edição. Barueri, SP: Manole, 2007. p.554-55
SILVA, A.G.H; COZZOLINO, S.M.F. Cálcio. In: COZZOLINO, S.M.F. Biodisponibilidade de Nutrientes. 2º edição. Barueri, SP: Manole, 2007. p.461-62
SVB. Sociedade Brasileira Vegetariana. Guia Alimentar de Dietas Vegetarianas para Adultos. Departamento de Medicina e Nutrição. Sociedade Vegetariana Brasileira. São Paulo, 2012.

Nutrição na gestação (Parte II)

Como combinado, chegou a hora da falarmos sobre o papel dos micronutrientes neste período tão importante na vida da mulher, e claro de seus familiares!
 
Primeiramente vou descrever rapidamente o que são micronutrientes:
 
Micronutrientes são nutrientes requeridos em pequenas quantidades pelo organismo, mas que são extremamente importantes para saúde. Fazem parte deste grupo as vitaminas e minerais, que são encontradas principalmente nas frutas, hortaliças e alguns produtos de origem animal.
 
Durante a gestação as necessidades diárias de grande parte dos micronutrientes está aumentada, porém, irei descrever aqui apenas aqueles que tem importância nutricional reconhecida para esta fase.
 
Vitamina A: atua no processo de diferenciação celular, no crescimento ósseo, no processo de defesa do organismo e no desenvolvimento do tecido ocular. De acordo com trabalhos experimentais tanto a deficiência, como o excesso desta vitamina, está associado com defeitos congênitos que variam de acordo com o sistema que está em fase de diferenciação no momento desta exposição.
Onde encontrar: leites e derivados, gema de ovo, fígado, frutas como laranja, mamão e manga, couve, agrião.
 
Vitamina C: fortalece o sistema imunológico, aumenta a absorção do ferro, atua como antioxidante e é fundamental para formação do colágeno que compõem ossos, dentes, pele e tendões. Sua deficiência está correlacionada a ruptura prematura da membrana, podendo levar ao parto prematuro.
Onde encontrar: caju, salsa, alfafa, manga, fruta do conde, bertalha, couve, mamão, goiaba, inhame,brócolis, suco de limão.

Vitamina D: associada ao sol promove a absorção de cálcio e fósforo e sua fixação nos ossos e dentes. O consumo adequado desta vitamina evita a hipocalcemia neonatal.
Onde encontrar: peixes, gema de ovo, fígado de frango.

Vitamina B12:  auxilia na manutenção da fibra de mielina que envolve e protege as fibras nervosas, e assim como o folato é necessária para a proliferação celular. Sua deficiência pode causar prejuízos irreversíveis no sistema nervoso do feto.
Onde encontrar: carne vermelha, atum, sardinha, fígado de galinha, carne de porco assada, queijo cottage e suíço.
 
Ácido Fólico: auxilia na prevenção de defeitos do tubo neural, na síntese de DNA e na proliferação celular.
Onde encontrar: fígado de galinha, fígado de boi, lentilha, espinafre cozido, feijão branco, brócolis, repolho.

Cálcio: esta envolvido no processo de construção do esqueleto fetal. A ingestão insuficiente pode prejudicar o desenvolvimento e crescimento fetal, a pressão arterial, pode alterar a membrana, provocar contrações aumentando as chances de partos prematuros.
Onde encontrar: leite e derivados, manjuba, amêndoa, sardinha, couve-manteiga.
 
Ferro: tem sua absorção triplicada na gestação, principalmente no terceiro trimestre gestacional. Importante para repor as perdas basais que ocorrem durante a gestação, para a expansão da massa eritrocitária, para o crescimento do feto e da placenta.
Onde encontrar: carnes, ovos, vegetais verde-escuros (espinafre, couve, brócolis...), leguminosas (feijões, lentilha, grão de bico...)
 
Zinco:  essencial para a diferenciação, replicação celular, transporte, função imunológica e informação genética. Sua deficiência está associada à infertilidade, abortos e malformações congênitas.
Onde encontrar: carnes, leite e derivados, fígado, queijos, cereais integrais, leguminosas e nozes.
 
Magnésio: estudos relatam que a deficiência desse mineral afeta negativamente a proporção de substâncias envolvidas na hipertensão gravídica.
Onde encontrar: sementes, nozes, leguminosas (feijões, lentilha, ervilha...), grãos de cereais e vegetais verde-escuros.
 
Referências:
 
ACCIOLY, E; NEVES, E.Q.C; SAUDERS, C. Recomendações nutricionais na gestação. In: ACCIOLY, E; SAUDERS, C; LACERDA, E.M.A. Nutrição em obstetricía e pediatria. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. 2.e.d;
 
SHABERT, J.K. Nutrição durante a gravidez e a lactação. In: MAHAN, L.K; ESCOTT-STUMP, S. Alimentos, nutrição & dietoterapia. São Paulo: Roca, 2005.
 
 
 

Dez passos para alimentação saudável para o Idoso



A expectativa de vida no Brasil vem aumentando de forma significativa. De acordo com o Censo realizado em 2010, nos últimos 10 anos a população idosa na Baixada Santista aumentou em 44,84%  , totalizando 150.607 pessoas nesta faixa etária.
 
Para que esta população se mantenha saudável, e consiga prevenir ou tratar doenças já instaladas, deve-se dar atenção especial à alimentação.
 
Pensando neste quesito o Ministério da Saúde desenvolveu em 2009 os "Dez passos para alimentação saudável para o Idoso", que demonstra de forma prática como incluir a alimentação saudável no dia-a-dia desta população, são eles:
 
1º passo -  Faça pelo menos 3 refeições (café da manhã, almoço e jantar) e 2 lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições!
2º passo - Inclua diariamente 6 porções do grupo dos cereais (arroz, milho e trigo pães e massas), tubérculos como a batata, raízes como mandioca/ macaxeira/ aipim, nas refeições. Dê preferência
aos grãos integrais e aos alimentos naturais.
3º passo - Coma diariamente pelo menos 3 porções de legumes e verduras como parte das refeições e 3 porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches.
4º passo - Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, 5 vezes por semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e bom para a saúde.
5º passo - Consuma diariamente 3 porções de leite e derivados e 1 porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis!
6º passo - Consuma, no máximo, 1 porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina.
7º passo - Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas doces e outras guloseimas como regra da alimentação. Coma-os, no máximo, 2 vezes por semana.
8º passo  - Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa.
9º passo - Beba pelo menos 2 litros (6 a 8 copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições.
10º passo - Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo.

As informações acima são de carater educativo e não substitue a consulta nutricional, portanto, procure um nutricionista para que o seu cardápio seja confeccionado de acordo com suas necessidades fisiológicas e nutricionais.


Referência:

- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Alimentação saudável para a pessoa idosa: um manual para profissionais de saúde.

- _____. Ministério da saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009. 36 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

Rotulagem Nutricional


Hoje em dia a variedade de produtos presentes nas pratileiras dos hipermecados é imensa, e vire e mexe ficamos indecisos na hora da compra, surgindo a seguinte pergunta: Qual produto levar?

Bom, se formos pensar em saúde, em alimentação saudável, eu digo, que devemos comprar aqueles  que contém: menos açúcar, menos gordura e menos sódio.

Mas como vou saber qual produto tem menos açúcar, menos gordura e menos sódio?

A resposta é simples: olhando a rotulagem nutricional e comparando os produtos entre si.

Para facilitar o entendimento, segue abaixo algumas informações úteis sobre a rotulagem nutricional e o que deve ser observado na hora da compra:

O que é rotulagem nutricional?

É tudo que está descrito nos rótulos dos alimentos com intuito de informar os consumidores sobre suas propriedades nutricionais.

Os rótulos devem apresentar: a marca do produto, sua descrição, os ingredientes, a pesagem, as informações nutricionais, a data de fabricação e validade, o local de fabricação e o código de barras.
Todos os alimentos produzidos e comercializados que são prontos para o consumo e são embalados sem a presença do cliente, devem possuir rotulagem.

Alguns itens, segundo a ANVISA, são obrigatórios nas informações nutricionais, sendo: tamanho da porção, valor calórico, % VD, carboidrato, proteína, gorduras totais, gordura saturada, gordura trans, fibras e sódio.
Tamanho da porção: é definido pelo fabricante e está expresso em gramas e medidas caseiras;
Valor calórico: significa quantas calorias têm esta determinada porção;
 
 
Percentual de Valores Diários (% VD): é um número em percentual que indica o quanto o produto em questão apresenta de energia e nutrientes em relação a uma dieta 2000 calorias.
 
 
A gordura trans foi incluída na rotulagem recentemente por estar fortemente associada (se consumida em excesso) com o risco aumentado de desenvolvimento de doenças do coração. Seu consumo deve ser limitado a, no máximo, 2 gramas por dia.
 
Assim como as informações nutricionais, a lista de ingredientes também pode auxiliar o consumidor na escolha do alimento, pois, os ingredientes são expressos na embalagem em ordem decrescente, ou seja, do ingrediente que está presente em maior quantidade no produto, para o que está presente em menor quantidade.
 
Observe antes da compra:
• Condições da embalagem – não compre alimentos com embalagens estufadas, amassadas, enferrujadas, rasgadas, furadas, abertas e com sinais de alteração;
 

• Prazo de validade dos alimentos – ele se refere ao tempo médio que um alimento demora para se deteriorar;
 

• Informações nutricionais - dê preferência pelos alimentos / produtos com menor teor de gorduras, açúcares (carboidratos) e sódio;
 

• Lista de ingredientes;
 

• Como preparar e como conservar depois de aberto.

Agora que você já sabe como escolher os melhores produtos, vamos as compras!!!!
 

Nutrição na gestação (Parte I)

A gestação é um período de grandes transformações na vida da mulher. Seu corpo se modifica, os hormônios estão alterados, e o sentimento está a flor da pele. A preocupação com o futuro, com o corpo, com o desenvolvimento do bebê, com o parto, faz com que as futuras mamães, na maioria das vezes, esqueçam de um ítem extremamente importante chamado: ALIMENTAÇÃO. Neste período a necessidade energética (quantidade necessária de calorias), e da maioria das vitaminas e minerais que deve-se consumir são maiores, porém mais importante que a quantidade de nutrientes consumidos, é a qualidade destes nutrientes. A alimentação da gestante deve conter todos os grupos alimentares (carboidrato, proteína, frutas, verduras, leite e derivados e gorduras) nas quantidades adequadas para esta fase, pois a deficiência ou o excesso de algum nutriente, pode influenciar a saúde fetal e materna a curto ou longo prazo.

Para facilitar o entendimento vou listar abaixo os macronutrientes que fazem parte dos grupos alimentares e que são indispensáveis para o desenvolvimento fetal saudável:




Carboidratos: Fonte de energia para o organismo, o carboidrato contribui para o ganho de peso materno, crescimento fetal, nível de glicose sanguínea materna apropriado, e prevenção da cetose (processo que ocorre quando é utilizado a gordura, na falta do carboidrato, para gerar energia). É recomendado que a gestante consuma entre 135 e 175 g deste nutriente ao dia, dando preferência aos tipos integrais, que além de serem mais saudáveis, contribuem para o bom funcionamento intestinal quando associado ao consumo adequado de líquidos.
Apesar da importância deste nutriente, o excesso no seu consumo durante a gestação faz com que a criança tenha maior peso ao nascer e maior risco para o desenvolvimento de obesidade no futuro.
Principais fontes: pães, massas, cereais, arroz, batata, mandioquinha, mandioca, farinhas...

Proteínas:  Durante a gestação contribuem para o crescimento fetal, da placenta e dos tecidos maternos. Sua ingestão deve ser aumentada de acordo com o período gestacional em 1g (1º trimestre), 9g (2º trimestre) e 31g/dia (3º trimestre). Mas atenção!!! este adicional proteico deve ser alcançando através dos alimentos, pois a dieta hiperproteica (com excesso de proteínas) decorrente de suplementos alimentares durante a gestãção está associada a óbito neonatal.

Principais fontes: carnes (bovina, aves, peixes), ovos, leite e derivados e leguminosas (feijões, soja, amendoim, ervilha, lentilha).
 
Lipídios: Assim como a proteína e o carboidrato, o lipídio também contribui para o crescimento fetal, além de estar envolvido na formação das estruturas útero-placentárias, no desenvolvimento do sistema nervoso do feto e na sua acuidade visual. Não existe recomendação de consumo deste nutriente específica para a gestação, sendo adotada a mesma utilizada para a população adulta, ou seja, entre 15 a 30% do valor calórico total ingerido.
 
O consumo de gorduras pela mãe, antes, durante e após gestação (período de lactação) deve ser controlado. Vários estudos demonstram que o consumo excessivo deste nutriente durante estes períodos, bem como, no início da vida, pode promover alterações fetais, influenciando o metabolismo lipídico, alterando as preferências alimentares, aumentando os riscos de obesidade e suas co-morbidades durante a vida adulta. É importante ressaltar, que não é somente o excesso de gordura saturada e trans que é prejudicial a saúde fetal, a gordura insaturada (aquela proveniente do azeite de oliva, das oleaginosas, dos peixes, do abacate...) quando consumida em excesso pela mãe durante a gestação também pode causar alterações no feto, portanto mamães sem exageros!!!!!!

Os grupos alimentares são compostos também de micronutrientes, que assim como os macronutrientes são importantes para o desenvolvimento fetal e saúde materna, por isso não deixem de vizualizar a parte II desta postagem, onde falarei sobre a importância dos micronutrientes na gestação.

Espero vocês!!!!!!


Referências:

ACCIOLY, E; NEVES, E.Q.C; SAUDERS, C. Recomendações nutricionais na gestação. In: ACCIOLY, E; SAUDERS, C; LACERDA, E.M.A. Nutrição em obstetricía e pediatria. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. 2.e.d;

CHEN H, SIMAR D, LAMBERT K et al .Maternal and postnatal overnutrition differentially impact appetite regulators and fuel metabolism. Endocrinology. 2008; 149(11): 5448-56;

SRINIVASAN M, KATEWA S.D, PALANIYAPPAN A et al. Maternal high-fat diet consumption results in fetal malprogramming predisposing to the onset of metabolic syndrome-like phenotype in adulthood. Am J Physiol Endocrinol Metab. 2006; 291: E792-99;

KODAS E, GALINEAU L, BODARD S et al. Serotoninergic neurotransmission is affected by n-3 polyunsaturated fatty acids in the rat. Journal of Neurochemistry. 2004; 89: 695-702.