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Acidente Vascular Cerebral (AVC), como prevenir?

O acidente vascular cerebral (AVC)  ou derrame cerebral é causado por uma lesão em uma parte do cérebro resultante da perda de suprimento sanguíneo devido a um espasmo, coágulo ou ruptura de vaso sanguíneo.
 
É um quadro grave que deve ser avaliado por um médico o mais rápido possível.
 
Dentre os principais fatores de risco para os AVCs estão a hipertensão arterial, a diabetes, os altos níveis de colesterol e triglicérides sanguíneos, o tabagismo, o sedentarismo e as doenças cardíacas.
 
Alguns sinais são indicativos de AVC (quadro acima) e devem ser conhecidos para que se possa acionar a emergência rapidamente.
 
Em relação à nutrição, alguns hábitos podem diminuir os riscos de um AVC como:
 
  • Consumir frutas e hortaliças diariamente;
  • Consumir peixes pelo menos uma vez por semana;
  • Incluir alimentos integrais nas refeições;
  • Evitar consumir frituras e gorduras;
  • Consumir leite ou derivados desnatado; e
  • Não exagerar no consumo de sal.

Lembre-se a prevenção é sempre o melhor remédio!!!!


Referência bibliográfica:

ESCOTT - STUMP, S. Nutrição relacionada ao diagnóstico e tratamento. 5º edição. Barueri, SP: Manole, 2007. p.236-38. 
 

Cuidados nutricionais para o portador de diabetes

A diabetes mellitus (DM) é um grupo de doenças metabólicas que apresenta em comum a hiperglicemia proveniente de defeitos na secreção e/ou na ação da insulina. É classificada de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e Associação Americana de Diabetes (ADA) em: DM tipo I, DM tipo II, outros tipos específicos de diabetes e diabetes gestacional. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (2009), em 2008 a diabetes mellitus atingiu 173 milhões de pessoas no mundo com projeção de chegar a 300 milhões em 2030.

A nutrição associada a mudanças no estilo de vida (principalmente inclusão da atividade física) desempenha papel fundamental na prevenção do desenvolvimento do DM, bem como no controle da doença já existente e na prevenção das complicações decorrentes desta doença se não tratada.

O atendimento nutricional tem como foco a individualidade de cada paciente (fase da vida, diagnóstico nutricional, uso de fármacos, hábitos alimentares e socioculturais, etc..) porém algumas orientações são comuns aos pacientes:

Evite:
  • Gordura saturada (pele de aves, carnes gordas bovina e suína, leite de coco, creme de leite, bacon, manteiga, toucinho, leite integral, azeite de dendê...);
  • Açúcares (mel, melado, rapadura, gelatinas (exceto diet), geléias, doces de corte, frutas cristalizadas...);
  • Refrigerantes, sucos prontos e artificiais;
  • Pão doce, biscoito recheado, chocolate;
  • Cereais refinados (arroz branco, pão, biscoito, bolos e preparações feitas com farinha de trigo refinada);
  • Frituras;
  • Bebidas alcoólicas;
  • Adoçantes a base de frutose, sorbitol e manitol.
Prefira:
  • Alimentos integrais e ricos em fibras (pão, arroz e biscoitos integrais, inhame, aipim, leguminosas);
  • Leite / iogurte / coalhada desnatados, queijo minas, ricota, cottage;
  • Azeite de oliva extra virgem, óleo de canola, margarina com até 40% de lipídios;
  • Peixes como: sardinha, atum, salmão e cavala alternados com peitp de frango e carne bovina magra, como coxão duro e patinho.
Recomendações gerais:
  • Os insulino-dependentes devem ter o seu horário das refeições e a quantidade de alimentos consumidos, ajustados ao seu esquema de insulina;
  • Associar na mesma refeição alimentos com baixo, intermediário e alto índice glicêmico;
  • Substituir o açúcar de mesa por adoçante, inclusive em preparações culinárias;
  • Ler sempre o rótulo dos produtos dietéticos para conhecer os ingredientes e não exagerar no consumo, porque embora não contenha açúcar, estes produtos geralmente contêm muita gordura, o que colabora para o ganho de peso;
  • Em caso de hipoglicemia ingerir 15 g de carboidrato, o que equivale a: 1/2 xícara de suco de laranja, uva ou maçã; ou 1 copo de leite desnatado; ou 3 biscoitos tipo cream crackers; ou 1 colher de sopa de mel ou açúcar.
 
ATENÇÃO: Procure um nutricionista para que ele elabore o seu plano alimentar de acordo com a sua necessidade. As orientações acima são apenas de caráter informativo, ou seja, não substituem uma consulta nutricional.

Referências bibliográficas:

CUPPARI, L (cordenação). Guia de Nutrição: nutrição clínica no adulto. 2º edição. Barueri, SP: Manole, 2005.

ESCOTT - STUMP, S. Nutrição relacionada ao diagnóstico e tratamento. 5º edição. Barueri, SP: Manole, 2007. p.236-38.

LEÃO, L.S.C.S; GOMES, M.C.R. Manual de Nutrição Clínica Para atendimento Ambulatorial do Adulto. 10º edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. 2009.
 

Dicas nutricionais para hipertensos

Nesta postagem irei dar algumas dicas nutricionais para aquelas pessoas que tem Hipertensão Arterial Sistêmica - a famosa "pressão alta".
 
Mas antes gostaria de definir rapidamente o que é Hipertensão Arterial Sistêmica.
 
De acordo com a VI Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial, a Hipertensão Arterial Sistêmica é uma doença multifatorial que tem como característica níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA), em valores isto significa: pressão sistólica igual ou superior a 140mmHg ou a pressão diastólica igual ou superior a 90mmHg, ou ambas.
 
Esta doença deve ser tratada assim que descoberta, pois pode desencadear o desenvolvimento de outras doenças, tais como: insuficiência cardíaca congestiva, falência renal e doença vascular períférica.
 
O tratamento da hipertensão arterial envolve duas abordagens: a farmacológica, com uso de drogas anti - hipertensivas (são prescritas apenas pelo médico), e a não farmacológica, que envolve mudanças de estilo de vida que favoreçam a redução da pressão arterial.
 
O tratamento nutricional se enquadra na 2º abordagem, que envolve também a prática de atividade física (prescrita apenas por profissionais capacitados), e o abandono do tabagismo.
 
Agora que já está definido o que significa esta doença e o que ocorre se não for tratatada precocemente, vamos as dicas:
  • Mantenha-se no peso adequado;
  • Aumente o consumo de frutas e vegetais;
  • Utilize queijo, iogurte e coalhada desnatados, e consuma queijo branco;
  • Prefira margarina ou creme vegetal à manteiga, lembrando-se que estes devem ser sem sal;
  • Prefira tempero naturais e alimentos frescos;
  • Nas preparações utilize óleos vegetais (soja, arroz, milho, algodão, canola, girassol ou oliva), porém em pequenas quantidades;
  • Leia sempre o rótulo dos alimentos industrializados e opte por aquele com menor teor de sódio ou cloreto de sódio;
  • Consuma no máximo 2 gramas de sódio por dia (isto é equivalente a 2 pacotinhos daqueles servidos em restaurantes por dia), incluindo o de adição e o utilizado no preparo dos alimentos;
  • Consuma alimentos ricos em potássio e magnésio, como: inhame, feijão preto, lentilha, abóbora, cenoura, chicória, couve-flor, vagem, espinafre, nabo, rabanete, abacate, banana, ameixa, laranja, mamão, maracujá, couve, salsa, pão integral, nozes e amêndoas.
Evite:
  • Carnes gordas (picanha, fraldinha, acém, capa de filé, filé de costela, contrafilé, ponta da agulha, braço, pá ou paleta, aba de filé e pescoço, frango com pele, miúdos do frango) e frituras;
  • Enlatados e conservas;
  • Embutidos: linguiça, mortadela, salame, calabresa....;
  • Carnes salgadas e/ou defumadas: carne-seca, bacalhau, toucinho, bacon....;
  • Temperos prontos, sopas desidratadas, macarrão instantâneo;
  • Molhos industrializados: maionese, catchup, mostarda e outros condimentos com adição de sal, como molho shoyo, molho inglês, molhos prontos para salada;
  • Adoçantes a base de sacarina sódica e ciclamato de sódio.
Use com moderação:
  • Bebidas à base de cafeína.
Não se esqueçam, as informações aqui contidas não substituem uma consulta nutricional!!!!!!!

Referência bibliográfica
 
COSTA, R.P; SILVA, C.C. Doenças Cardiovasculares. In: CUPPARI, L. Guia de Nutrição: nutrição clínica no adulto. 2.ed. Baruer, SP: Manole, 2005. p.299-304.
 
ESCOTT-STUMP,S. Nutrição Relacionada ao Diagnóstico e Tratamento. 5º ed. Barueri, SP: Manole, 2007. p.249-251.
 
LEÃO, L.S.C.S; GOMES, M.C.R. Manual de Nutrição Clínica para Atendimento Ambulatorial do Adulto. 10.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. p.141-42.
 
Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51.